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Impacto econômico do covid-19 no setor do Turismo no Brasil é trazido pela FGV Projetos

O turismo é o setor mais afetado com o covid-19 - Imagem: FGV Projetos/Divulgação

Segundo a FGV Projetos, apesar das boas perspectivas para o turismo no início do ano de 2020, com expectativa de crescimento em várias atividades, a paralisação praticamente total de suas operações em meados de março deste ano, mudou completamente o futuro desse importante setor econômico brasileiro. O mercado de viagens é um dos setores mais afetados pela crise, pois a política de isolamento resultante das medidas de contenção ao contágio pelo Covid-19 afeta frontalmente a dinâmica econômica do setor, restando quase nenhuma possibilidade de receita. Como é uma atividade fortemente geradora de empregos em todas as faixas de renda no Brasil, principalmente, e em grande escala, nas áreas de menor grau de especialização, seu enxugamento traz consequências significativas o país. Segundo o IBGE, o setor representa 3,71% do PIB, e sua dinâmica é composta por diferentes atividades que serão diferentemente impactadas nessa crise.

Segundo o IBGE, o setor representa 3,71% do PIB, e sua dinâmica é composta por diferentes atividades que serão diferentemente impactadas nessa crise.

O estudo Impacto Econômico do Covid-19, Propostas Para o Turismo Brasileiro cujo resultado aponta que o setor de Turismo no Brasil vai voltar ao nível normal de produção, isto é, aos números do final do ano passado, somente entre setembro e dezembro de 2021.

A análise da Pesquisa são do setor de hospitalidade, transportes, bares e restaurantes, agenciamento e operação de viagens, aluguel de imóveis, atividades recreativas, entre outros itens e foi baseada com o início da reabertura da economia sendo em maio; retomada gradual das viagens domésticas entre setembro e outubro; estabilização das viagens de negócios e eventos a partir de fevereiro de 2021; e a volta do Turismo internacional em junho de 2021.

Segundo a análise da FGV Projetos, foi considerado o período de interrupção de atividades de 3 meses, quando terá início o reequilíbrio dos negócios (estabilização) no Brasil, que durará cerca de 12 meses, uma vez que a saúde financeira dos negócios e das famílias estará comprometida. No caso do turismo internacional, o período de recuperação poderá chegar a 18 meses. O momento seguinte da análise considera a recuperação do setor no Brasil, levando em consideração o crescimento necessário para compensar a perda econômica do período de crise, como demonstrado nos gráficos a seguir:

Nesse cenário, as perdas econômicas, em comparação ao PIB do setor em 2019, totalizarão R$ 116,7 bilhões no biênio 2020-2021, o que representa perda de 21,5% na produção total do período

 

Para compensar essa perda, será necessário que o turismo como um todo cresça em média 16,95% ao ano em 2022 e 2023, com PIB de, respectivamente, R$ 303 bilhões e R$ 355 bilhões. Esse crescimento definitivamente não é tarefa fácil.

Vale ressaltar que medidas urgentes precisam ser tomadas para que o impacto ainda não seja mais significativo, e que o setor esteja ainda saudável para o período de estabilização e de recuperação, aliviando a pressão operacional e salvando empregos.

O isolamento social, apesar de ser a única estratégia encontrada até agora para frear o avanço da doença, tem um impacto enorme na atividade econômica, principalmente para aqueles setores e serviços que não são considerados essenciais. Os serviços ligados ao mercado de viagens, por exemplo, estão entre aqueles que são e serão mais afetados por essa pandemia.

MEDIDAS PARA ESTABILIZAÇÃO E RECUPERAÇÃO

Para conseguir a estabilização e posterior recuperação,a FGV Projetos lista uma série de medidas urgentes para que o terreno esteja pronto na hora de se estabilizar e que o atual impacto não seja ainda mais significativo. Dentre as medidas relacionadas, destaque para auxílios públicos para manter o setor vivo, “principalmente ao setor aéreo, que é o coração da atividade”; reequilíbrio de contratos de concessão, crédito facilitado às micro e pequenas empresas, redirecionamento dos recursos e esforços para a promoção dos destinos domésticos e crédito ao consumidor.

Por fim, o estudo considera que “com relação aos efeitos econômicos e sociais que este período causará no futuro do Turismo em nosso País, há de considerar a existência de um grande número de variáveis de influência no cálculo: o sucesso das medidas de isolamento social, as pesquisas em relação a um tratamento efetivo, a descoberta de uma vacina, o número de vítimas, as políticas econômicas e sociais adotadas pelos governos locais para mitigar os efeitos da crise, entre outros fatores. Mesmo sendo um setor essencialmente privado, a força das políticas governamentais será fundamental para a recuperação do turismo e sua capacidade de geração de empregos e divisas”.

Confira o estudo completo do Impacto Econômico do Covid-19, Propostas Para o Turismo Brasileiro.

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