Linhas garantem até R$ 12,5 mil para MEIs, R$ 75 mil para micro empresas e R$ 125 mil para pequenas empresas, com taxas de juros até 40% menores
O Sebrae e a Caixa assinaram, nesta segunda-feira (20), uma parceria para facilitar o acesso ao crédito por Microempreendedores Individuais (MEI) e micro e pequenas empresas. Ao todo, foram liberados R$ 7,5 bilhões em linhas com juros até 40% menores do que os já praticados pelo banco.
A redução foi possível graças à concessão de garantias complementares pelo Sebrae por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a expectativa é aumentar o fundo por meio de parcerias para ampliar o montante liberado para R$ 12 bilhões.
As linhas garantem empréstimos de até R$ 12,5 mil para MEIs, R$ 75 mil para micro empresas e R$ 125 mil para pequenas empresas. As taxas de juros variam entre 1,19% e 1,59% ao mês e a carência, entre nove e 12 meses (veja a tabela abaixo).
Em coletiva de imprensa realizada on-line, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ressaltou a dificuldade de micro e pequenas empresas acessarem as linhas de crédito disponíveis hoje no mercado. Ele explicou que as condições ofertadas agora foram possíveis graças à redução da inadimplência garantida pelo fundo.
Para ter acesso à linha, as empresas devem ter ao menos 12 meses de abertura, faturar até R$ 4,8 milhões por ano e estar adimplentes. Segundo Guimarães, os negócios cujos sócios estiverem negativados devem procurar outras linhas oferecidas pelo banco. Ele diz que a parcela poderá ser inclusa em uma nova linha de crédito “em um segundo momento”.
Os interessados em solicitar uma das linhas de crédito devem abrir uma conta na Caixa – e podem fazer isso pela internet. É possível acessar mais informações no site caixa.gov.br/caixacomsuaempresa.
Planos
Durante o anúncio, o presidente do Sebrae ressaltou que medidas fortes de apoio às micro empresas estão sendo tomadas em todo o mundo. “99% das empresas do mundo são micro e 50% de todos os empregos vem delas”, afirmou.
Ele admite que os R$ 7,5 bilhões liberados agora não são suficientes diante da relevância das micro e pequenas empresas para a economia. Por isso, diz que o Sebrae tem dialogado com outros bancos, incluindo o BNDES, para garantir a expansão das linhas oferecidas e também reforçar o Fampe.
“Um dos temas mais relevantes para nós é aumentar a produtividade das pequenas empresas. Por isso é muito relevante colocar esse crédito assistido no mercado”, diz.
PEGN