Evento 100% digital proporcionou novas maneiras de discutir e propor ações para a cultura e desponta como referência no segmento
A 3ª edição do Fórum de Forró Raiz Online, que aconteceu em Salvador, no último final de semana, proporcionou a troca de vivências e conhecimentos entre os mestres e atores culturais do segmento. Foram dois dias de evento num ambiente virtual, onde aconteceram quatro rodas de conversas e palestras, cujos temas relevantes sobre o ritmo nordestino e suas vertentes foram amplamente abordados. Também foram exibidos vídeos, shows e entrevistas com mestres forrozeiros e personagens da cadeia produtiva da cultura do estado da Bahia.
A impossibilidade de realizar o evento fisicamente apenas deixou o Fórum com maior alcance. A coordenadora Nacional do Fórum, Joana Alves, destacou que as plataformas digitais proporcionaram novas maneiras de interagir com as pessoas que fazem parte da cadeia produtiva do forró. “Foi uma experiência inovadora para todos nós”, disse.
Segundo a coordenadora estadual do Fórum, Lara Oliveira, o espaço é um lugar onde o coletivo apresenta propostas para fortalecer a cultura forrozeira e ampliar o conhecimento e a busca de demandas. Para ela, o fato de o Fórum ser realizado em um ambiente virtual leva à construção de propostas mais ousadas e eficazes.
A Primeira Palestra: “Salvaguarda e Patrimônio Imaterial” foi ministrada por Mariana Duque, do IPHAN, que explicou sobre os Marcos Legais, Objetivos e princípios Gerais e características do processo. As Rodas de Conversas foram sobre os aspectos conceituais, os territórios e as comunidades, a sustentabilidade: O Forró como Conteúdo Pedagógico e Direito e Forró. A segunda, foi ministrada pelas professoras Lúcia Aquino, docente da UFRB e coordenadora, da pesquisa e Cármen Lúcia Lima, docente da UNEB e também coordenadora da pesquisa. Elas apresentaram a pesquisa: “Impactos da Covid-19 nos festejos juninos da Bahia” e os resultados da primeira etapa tiveram o objetivo de referenciar a Lei Aldir Blanc.
De acordo com a deputada Fátima Nunes, que participou do evento, o que acontece hoje na cultura brasileira é preocupante. “A proposta da realização deste Fórum foi muito importante para a cultura”, afirmou.
No primeiro dia, estiveram presentes no Fórum Forró de Raiz de Salvador o mestre Antônio José Nunes, cantor, compositor e zabumbeiro, estudioso e propagador da obra de Jackson do Pandeiro na Bahia, dona Antonia Bernardina Alves, cantora e compositora da cidade de Cachoeira na Bahia, João Paulo Zabumbeiro. Também os empresários do forró, Jô Miranda, da casa de shows Forró do Talco, Jânio Amilcar, do Coliseu do Forró, Amadeus Alves, gestor cultural da Viva Gonzagão e Joselito Miranda do Forró no Parque e Nalva Santos, empreendedora de eventos em prol do forró.
No segundo dia, estiveram presentes, além dos destaques do forró tradicional, os especialistas em Direito, como o Dr. Gustavo Pereira Leal, especialista em Direito Penal, que também é cantor, compositor e sanfoneiro, para falar sobre a propriedade intelectual, principalmente, nas artes, e sobre a preservação dos direitos; Ricardo Bezerra, autor do Livro “Licitação e Cultura, Contratação de Artistas pela Administração Pública”; Dr. Rodrigo Moraes, advogado, professor de direito autoral na UFBA e compositor e Dra. Lorena Borba Pacheco, especialista em Direito Civil.
A fundadora da Associação Cultural Asa Branca, Marizete Nascimento, esteve presente durante toda a transmissão e é uma entusiasta desse tipo de evento que fortalece as bases do forró tradicional. “Um evento como este Fórum é muito importante para a divulgação do ritmo no Brasil”, ressaltou.
O Fórum de Forró de Raiz recebe o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), dos governadores, prefeitos e vereadores de cada estado. Para essas edições, foi recebida a Emenda Parlamentar nº 13390003, do Deputado Federal pela Bahia, Daniel Almeida.
Sobre o Fórum de Forró de Raiz
O Fórum nasceu em João Pessoa, capital da Paraíba, no ano de 2011, com o intuito de proteger, preservar e fomentar o forró e os seus elementos constituintes tradicionais: os ritmos, as danças, os instrumentos, a formação dos grupos musicais. Foi idealizado por cantores, compositores, dançarinos, grupos culturais, pesquisadores, artistas da cultura popular e admiradores do forró e contou com o apoio da Associação Cultural Balaio Nordeste.
Sobre a Associação Cultural Balaio Nordeste
A Associação, que tem como presidente e fundadora a gestora cultural Joana Alves, contribui, por meio da promoção e organização de eventos culturais, de educação e de lazer e entretenimento para a valorização, a divulgação, a preservação da cultura popular e o incremento do turismo local, com base nos princípios do desenvolvimento sustentável. Também promove e estimula a produção artística brasileira, especificamente, a nordestina, recorrendo à valorização dos recursos humanos e conteúdos locais. A entidade não tem fins lucrativos; promove, ainda, cursos e atividades nas áreas de formação profissional, cultural, educacional e social para associados e público em geral.
Próximos Fóruns:
Dias: (16) e (17) de outubro
Local: Teresina, Piauí
Dias: (30) e (31) de outubro
Local: São Luís, Maranhão
Dias: (05) e (06) de novembro
Local: Cruz das Almas, Bahia
Dias: (04) e (05) de dezembro
Local: Fortaleza, Ceará
Dias: (12) e (13) de dezembro
Local: Lauro de Freitas, Bahia
Dias: (18) e (19) de dezembro
Local: Mucugê, Bahia
Serviço:
Fórum Forró de Raiz 2020 Edição Online Salvador
Assista a transmissão:
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Assessoria