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Aplicativo que indica pessoas contaminadas está próximo do lançamento

ecnologia é usada a favor do combate ao novo coronavírus (Foto: Pexels/Reprodução)

A partir de serviços de geolocalização, tecnologia informa sobre pessoas com as quais você cruza para evitar disseminação da Covid-19

Enquanto alguns cientistas se debruçam sobre a criação de vacinas e remédios capazes de combater o novo coronavírus, outros pesquisadores concentram esforços em um aplicativo que pode ajudar a diminuir a disseminação Covid-19. Como o vírus tem alto grau de transmissão, uma das medidas alternativas ao confinamento é o monitoramento da população, assim que o número de casos se estabilizar e vida for retomada.

O aplicativo, batizado de Private Kit, já foi lançado em versão beta, isto é, ainda se encontra em estágio de desenvolvimento e testes. A criação está nas mãos de pesquisadores do MIT e da Universidade Harvard, além de diversas outras clínicas, empresas e instituições. O app irá funcionar por meio da concessão voluntária do acesso aos serviços de localização do usuário. A partir daí, o indivíduo passa a ser monitorado pelo aplicativo.

Com isso, o usuário é notificado caso cruze com pessoas contaminadas – e caso elas também tenham feito download do Private Kit. O app ainda irá informar por quanto tempo e desde quando a outra pessoa foi diagnosticada com o novo coronavírus. Para que o resultado positivo para a Covid-19 seja validado, a tecnologia está sendo baseada em diagnósticos de profissionais da saúde que devem fazer o upload do teste com o resultado em um aplicativo separado.

Alina Clough, pesquisadora de Harvard que participa da criação do app, disse, em entrevista ao portal FastCompany, que “com mais conhecimento sobre sua exposição [do vírus], os usuários do aplicativo são capazes de tomar decisões mais informadas sobre quando se colocar em quarentena ou buscar testes ao detectar sintomas”.

Para que gere resultados efetivos, é importante que, uma vez lançado, o aplicativo seja baixado por grande parte da população. De acordo com David Carroll, professor associado de design de mídia da Parsons the New School, será necessário um “governo competente” que incentive a adoção generalizada da tecnologia. Além disso, é importante que o número de testes para detecção da Covid-19 nos Estados Unidos aumente de forma brusca, para assim identificar a doença no maior número de pessoas possível.

Uma das preocupações dos desenvolvedores é que o app seja fácil de usar sob a perspectiva do design. Por isso seu visual é minimalista. O protótipo oferece duas páginas principais: uma contendo uma espécie de botão que aciona e desativa os serviços de rastreamento e mensagens sobre proteção de dados pessoais. A outra mostra mais informações sobre o projeto.

Aplicativo ainda não tem data para ser lançado (Foto: Private Kit/Divulgação)

Quanto à questão da privacidade, o app deixará claro aos usuários que nenhum dado de localização será usado para além dos fins que o Private Kit propõe. Os Estados Unidos já vêm conversando com empresas de tecnologia para que a geolocalização de usuários seja usada no combate à disseminação do coronavírus. “Sem a liderança instando as pessoas a usar um aplicativo como esse, é uma causa perdida e, infelizmente, o método mais draconiano de vigilância involuntária provavelmente será implantado”, ressaltou Carroll.

Segundo Alina Clough, o sucesso do aplicativo é medido de acordo com o achatamento da curva. Ou seja, quão lenta é a propagação do vírus em comparação com países que não têm a mesma tecnologia disponível. “Acreditamos que as informações podem se espalhar mais rapidamente do que [o vírus] e que nosso aplicativo e solução digital ajudem as autoridades de saúde pública a avançar na corrida contra esse vírus”, completou.

PEGN

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