Municípios da região buscam triplicar a produção com apoio à agricultura familiar e incentivo à instalação de agroindústrias locais
Seis municípios da região da Borborema Paraibana uniram forças para transformar a mandiocultura em um motor de desenvolvimento rural. A meta é ambiciosa: sair de uma média de 9,6 toneladas por hectare e alcançar até 35 toneladas nos próximos anos. Para isso, o Banco do Nordeste (BNB) e instituições parceiras lançaram o Plano de Ação Territorial (PAT) do Prodeter da Mandiocultura, em evento realizado no município de São Sebastião de Lagoa de Roça.
O plano tem como foco o fortalecimento da agricultura familiar e o estímulo à instalação de agroindústrias capazes de transformar a mandioca em produtos como farinhas, tapiocas, féculas, rações, etanol, cosméticos e alimentos processados. Com alto teor de amido e múltiplos usos, a mandioca é considerada uma cultura estratégica para a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico local.
“O potencial da mandioca é imenso, especialmente quando transformado dentro das próprias comunidades. É um ciclo virtuoso que gera dignidade no campo e produtos de valor agregado para o mercado”, destaca Adelaido de Araújo Pereira, coordenador do PlaneS-PB e do Arranjo Produtivo da Mandioca.
A ação envolve os municípios de Areial, Esperança, Lagoa Seca, Montadas, Puxinanã e São Sebastião de Lagoa de Roça. A agente de desenvolvimento do BNB, Patrícia Neves, enfatiza que o crédito oferecido, proveniente do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), pode atender tanto produtores quanto empreendedores que desejam montar agroindústrias com base nos derivados da mandioca.
“As operações são voltadas especialmente à agricultura familiar, mas também estimulam o surgimento de novos negócios que aproveitam essa riqueza local”, afirmou Patrícia.
O Prodeter da Mandiocultura na Borborema é uma ação integrada com a participação de entidades como Sebrae, Embrapa, Senar, Empaer, Instituto Nacional do Semiárido (Insa), além das Universidades Estadual e Federal da Paraíba. A expectativa é que o plano gere mais renda no campo, promova inclusão produtiva e valorize uma cultura enraizada na tradição e na inovação.
Alessandra Lontra *Com informações da Ascom do BNB