Índice de atividades do setor, medido pelo IBGE, registra terceira alta seguida e acumula um avanço de 36,1% em meio à pandemia de Covid-19
O turismo segue dando mostras de que, passada a fase mais aguda do novo coronavírus no Brasil, recupera a capacidade de contribuir fortemente com a economia nacional. Segundo a última Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de atividades do setor registrou em julho a terceira taxa seguida de crescimento. A taxa avançou 4,8% frente a junho, quando já havia crescido 19,8% na comparação com maio.
Regionalmente, 9 das 12 unidades da Federação (UFs) avaliadas acompanharam o movimento de expansão, com destaque para Pernambuco (18,9%), Distrito Federal (15,4%), Rio de Janeiro (11,5%), Minas Gerais (5,5%) e São Paulo (5,4%). Os avanços ocorrem após perdas expressivas verificadas entre os meses de março e abril, período de grande isolamento social devido à pandemia, quando o índice apresentou um recuo de -68,1%.
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, celebra os números e avalia que o país caminha para a retomada segura do mercado de viagens. “Os dados provam que o setor, seguindo regras como o nosso selo Turismo Responsável, recupera seu poder de gerar divisas e, consequentemente, emprego. Lançamos recentemente o Plano Nacional de Retomada do Turismo, e estes resultados reforçam o potencial do ramo de fazer frente a efeitos da pandemia”, frisa.
No acumulado do ano, o índice de atividades turísticas ainda registra queda, de 37,9%, pressionado principalmente pelos setores de restaurantes, transporte aéreo, hotéis, transporte rodoviário coletivo de passageiros, catering, bufê e serviços de comida preparada e agências de viagens. As taxas negativas são verificadas em todas as UFs analisadas, especialmente Paraná (-44,1%), São Paulo (-39,4%), Bahia (-39,4%), Minas Gerais (-36,9%), Rio de Janeiro (-32,0%).
SUPORTE – Desde o início da pandemia, o governo federal atuou para mitigar impactos da Covid-19 no turismo. As ações incluíram iniciativas como a Medida Provisória 936, que permitiu a flexibilização de salários e jornadas de trabalho; a MP 948, que regulamentou relações de consumo na área, garantindo direitos de clientes e permitindo a manutenção de negócios, e a MP 963, que garantiu R$ 5 bilhões a empréstimos por meio do Fundo Geral do Turismo (Fungetur).
O Ministério do Turismo também agiu no sentido de incentivar a prevenção da doença no setor. Lançado em julho, o selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro”, disponibilizado pelo MTur, auxilia a retomada de atividades seguindo quesitos sanitários e já registra 21.474 adesões. (Acesse aqui). O órgão publicou protocolos recomendados a 15 ramos que integram o Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), além de uma série de orientações a visitantes.
MTur