O projeto que reconhece Pedro Américo como “heróis da pátria”, de autoria do senador Veneziano Vital do Rego, com relatoria do senador Paulo Paim, segue para análise da Câmara dos Deputados
O Congresso Nacional caminha para a aprovação do pintor Pedro Américo (1843-1905) como ‘herói da pátria’, que este ano faria 180 anos. A proposta (PL 3.863/2020), de autoria do senador Veneziano Vital do Rego (MDB-PB) foi aprovada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado, nesta terça-feira (4). A matéria agora segue para análise da Câmara dos Deputados.
O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria fica no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.
Artista plástico, Pedro Américo de Figueiredo e Melo nasceu em Areia, no Brejo da Paraíba, em 29 de abril de 1843 em uma família modesta e se notabilizou nas artes plásticas, especialmente produzindo quadros que se tornaram ícones da nacionalidade.
Ele merece estar no Livro dos Heróis da Pátria, pois com suas obras de pintura histórica, demonstrou a importância das artes para a formação da nacionalidade”, defendeu o senador Paulo Paim (PT-RS), que relatou o projeto.
Trajetória de Pedro Américo
Ao falar da trajetória de Pedro Américo, Paulo Paim lembrou que ele demonstrou desde cedo um enorme talento artístico e acabou sendo admitido na Academia Imperial de Belas Artes em 1854, com apenas 11 anos de idade.
“Em 1859, graças a uma pensão do imperador Dom Pedro II, segue para Paris, onde matricula-se na Escola Nacional Superior de Belas Artes. Na França, Pedro Américo se torna bacharel em Ciências Naturais pela Sorbonne e defende a tese de doutorado A ciência e os sistemas: questões de história e de filosofia natural, onde aborda a evolução histórica das artes, da filosofia e da ciência, buscando alcançar uma universalidade renascentista do saber”, narrou Paim.
De volta ao Brasil em 1864, Pedro Américo assumiu a cátedra de desenho na Academia Imperial de Belas Artes. Nela realizou quadros que retrataram parte da história brasileira, como A Batalha do Avaí, de 1877, sobre episódio da Guerra do Paraguai e Independência ou Morte!, mais conhecido como O grito do Ipiranga, quando eterniza o momento idealizado do nascimento do Brasil independente e foi restaurado no ano passado nas comemorações do bicentenário da data.
Após a queda da monarquia, Pedro Américo elege-se deputado por Pernambuco. Sua atuação política foi marcada pela defesa da educação pública, da criação de museus e universidades.
