Transatlântico percorreu roteiro pelo Sudeste do país visitando três cidades da região em cinco dias: Ilhabela (SP), Angra dos Reis (RJ) e Búzios (RJ)
A regra é clara para garantir a tranquilidade e diversão de todos: cartões de vacinação, testes negativos para a Covid-19, máscaras e álcool ao alcance das mãos. Foi assim que a Agência de Notícias do Turismo embarcou em mais um transatlântico, o Costa Fascinosa, para presenciar a retomada dos cruzeiros, a movimentação da cadeia do setor e atestar a segurança a bordo desse gigante dos mares.
Para a temporada 2021/2022, que vai até abril do ano que vem, o Brasil contará com cinco navios, que percorrerão sete estados e 14 cidades. O ministro Gilson Machado Neto, além de lutar por este retorno ao lado do presidente Jair Bolsonaro, não esconde a felicidade ao rever os navios por aqui. “O responsável por isso é o presidente. Foi ele quem ficou no pé de todo mundo durante madrugadas para liberar o retorno dos cruzeiros. O setor de navios é uma realidade que não tem volta. O Brasil no pós-pandemia é uma oportunidade enorme”, afirma.
Mas, além dos protocolos sanitários, outro ponto se destaca nessa permanência dos navios à nossa costa: a movimentação financeira trazida pelos turistas que embarcam e desembarcam nos destinos. Arthur Trindade, morador de Recife, aproveitou a parada do Costa Fascinosa em Búzios (RJ) para reviver a infância da companheira e aproveitar o destino. “Vamos visitar uns pontos, comer por aqui e passear também”, planeja. De acordo com um estudo da Clia, os turistas que desembarcam, deixam cerca de R$ 560 nos destinos.
Ricardo Cretella, presidente do Conselho Municipal de Turismo de Ilhabela (SP), deposita boa parte das esperanças do retorno do setor na movimentação dos cruzeiros na cidade. “Eles (os turistas) vêm e isso funciona como uma degustação. Consomem um pouco, voltam ao navio, mas depois retornam à cidade para passar mais dias aqui em terra. É um retorno bom e a longo prazo também. Importantíssimo para nós”, conta.
O retorno é comemorado principalmente por quem lida diretamente com os turistas. Cristian Barbosa, garçom de um dos estabelecimentos comerciais de Búzios (RJ), agradece a volta dessa movimentação, pois garante a continuidade do seu trabalho. “Trabalhar aqui em frente ao mar e vê-los chegar é bom demais. Mantemos todos os protocolos e atendemos sabendo que continuaremos exercendo nosso trabalho, porque eles estão de volta também.”
A bordo, os tripulantes se emocionam ao lembrar do momento em que foram chamados para o retorno ao trabalho após a pausa de um ano e oito meses em razão da pandemia de covid-19. “Quando recebi o e-mail, foi um chororô em casa. Até me arrepio quando lembro de chegar, ver a equipe de entretenimento passando o som e os primeiros hóspedes entrando aqui. Foi lindo demais!”, recorda o gerente de Relações ao Cliente, Luiz Poças, que está na companhia há 12 anos.
PROTOCOLOS – Sobre a segurança a bordo, Arthur Trindade, que está em seu primeiro cruzeiro, afirma se sentir tranquilo em relação aos cuidados estabelecidos pela companhia. “Pretendemos fazer outros, pois esse retorno às viagens e essa segurança toda lá dentro dão até uma aquecida no coração. Dá para sentir que as coisas finalmente estão voltando”, conta.
Mario Moretta, capitão do Costa Fascinosa, diz que os protocolos são essenciais para manter o retorno dos transatlânticos. “Eles são a garantia da continuidade dos nossos trabalhos e precisam ser respeitados”, diz.
Nos destinos, a fiscalização também não deixou a desejar. O prefeito de Búzios (RJ), Alexandre Martins, conta que chefiar uma cidade que vive do turismo durante a pandemia não foi tarefa fácil, mas que rendeu bons frutos. “Fizemos um controle muito bom com os moradores de isso reflete na cidade. Por isso, recebemos com tranquilidade o retorno dos cruzeiros que são essenciais para o aquecimento da nossa economia.”
QUALIFICAÇÃO – Djane Vitoriano, dona de um dos restaurante em Ilhabela (SP), relembrou os tempos desafiadores da pandemia, principalmente com os lockdowns, mas aproveitou o momento para preparar seu estabelecimento. “Não só eu, como muitos aqui se qualificaram com os cursos gratuitos do Ministério do Turismo em parceria com o Sebrae e ficamos de olho no Cadastur. Foi um momento desafiador, mas foi a oportunidade de olharmos para dentro e ajeitarmos a casa”, pontuou a empresária.
MTur