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Estudo da UFPB aponta nível baixo de adesão ao Selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro” pelo setor de hospedagem

Estudo da Ufpb sobre a adesão ao Selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro” - Imagem: Divulgação

O estudo realizado pelo professor Thyago Velozo de Albuquerque, do curso de Turismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pesquisador do Núcleo de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável (NPDS), aponta na primeira análise feita que, após 50 dias do lançamento do Selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro”, pelo Ministério do Turismo (MTur), ocorrido em (4) de junho, ainda existe uma baixa adesão ao Selo por parte das empresas do segmento de meio de hospedagem.

O Selo faz parte do Programa criado pelo Ministério do Turismo com protocolos construídos em parceria com o trade, levando em consideração diretrizes internacionais, e contou com a validação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com a criação do Selo, o MTur espera que os consumidores se sintam seguros ao viajar e frequentar locais que cumpram protocolos específicos para a prevenção da Covid-19, incentivando assim, as viagens regionais. Além disso, para o MTur, o Selo é uma espécie de chancela aos profissionais e as empresas do setor do Turismo que se comprometem  a aderir aos protocolos de saúde, segurança e atendimento pactuados, posicionando dessa forma, o Brasil como um destino protegido e responsável. Para ter acesso ao Selo, as empresas e guias de turismo precisam estar devidamente inscritos no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur).

O objetivo do estudo foi identificar o nível de adesão dos meio de hospedagem ao Selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro”, lançado pelo Ministério do Turismo (MTur)

Segundo o pesquisador, não se buscou fazer juízo de valor sobre a estratégia desenvolvida em sua pesquisa, “consideramos apenas analisar o grau de adesão das empresas ao Selo, com dados disponíveis na plataforma, e compará-los aos dados disponíveis sobre o Cadastur”, diz Thyago de Albuquerque. “Tal análise se deve ao fato da adesão ao Selo ter sido a única ação de política pública do Ministério do Turismo para implementação de protocolos de biossegurança no setor”, afirma Thyago.

As informações apresentadas pela pesquisa foram obtidas por meio de análises dos dados disponibilizados pelas plataformas do MTur, tanto sobre a adesão ao Selo em questão, como sobre o Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur). “Consultamos os dados abertos do Ministério do Turismo buscando identificar a quantidade dos meios de hospedagens que aderiram aos protocolos de segurança instituídos pelo Selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro”, avaliando e cruzando essas informações com o número de meios de hospedagens registrados no Cadastur. Estas análises foram realizadas com os dados consultados no dia (24) de julho de 2020”, afirma Thyago.

Em âmbito nacional a aderência ficou em apenas 21%:

 

Dados e Análises

Como supracitado, para cálculo da taxa de adesão proporcional dos meios de hospedagem ao Selo, cruzamos os números absolutos de meios de hospedagens cadastrados no Cadastur, com o número de meios de hospedagens que aderiram ao selo e, consequentemente, aos protocolos de biossegurança. Quando avaliamos essa taxa de adesão proporcional e com o recorte por Estado, identificamos os estados de Alagoas, Rio Grande do Norte, Piauí, o Distrito Federal e Bahia como os com maior taxa de adesão.

Considerações finais

Segundo Thyago de Albuquerque, ocorre uma maior adesão proporcional de meios de hospedagem nos Estados da região Nordeste, com 03 estados apresentando adesão maior que 30%, 04 estados na faixa entre 21% e 30%, e 02 estados na faixa laranja, a Paraíba (com 14%) e Sergipe (11%).

“Apesar de cada Estado e Município poder adotar seus próprios protocolos de biossegurança para reabertura das atividades econômicas, a adesão ao selo, proposto pelo Ministério de Turismo, é fundamental enquanto política pública e visibilidade internacional”, frisa.

“Ressaltamos que, mesmo cada localidade definindo seus próprios protocolos e que estes possam ir além dos estabelecidos pelo Ministério, a adesão ao selo, enquanto política nacional deveria ser estimulada e incentivada, como processo, inclusive, de melhoria da imagem dos equipamentos turísticos de todo País”, conclui o pesquisador.

Fonte: *Estudo produzido pelo Profº. Msc. Thyago Velozo de Albuquerque, do Departamento de Turismo e Hotelaria da UFPB, e pesquisador do Núcleo de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável (NPDS – UFPB).

 

 

 

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