Município de Areia, no Brejo paraibano, tem forte tradição e engenhos produzindo há mais de 200 anos
O Dia Nacional da Cachaça é comemorado no dia (13) de setembro. A história dessa bebida genuinamente nacional no Brasil começa assim que os portugueses desembarcam com a primeiras mudas de cana-de-açúcar e introduzem as técnicas de destilação.
A produção de aguardente e de cachaça no país está presente em quase todos os estados. Hoje, são mais de mil produtores registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento distribuídos em 835 municípios, segundo o estudo “A Cachaça no Brasil – Dados de Registro de Cachaças e Aguardentes”, lançado em 2018.
E a Paraíba é o estado do Nordeste que mais produziu cachaça e aguardentes em 2019, conforme o estudo “A Cachaça no Brasil – dados de registro de cachaças e aguardentes”, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O município de Areia, no Brejo paraibano, é o campeão da produção da bebida no estado. A cidade está entre as 10 localidades do país com maior densidade cachaceira, indicador que aponta uma maior relação entre a quantidade de produtores de cachaça e a população do município.
Um dos produtores mais tradicionais do Estado, o Engenho Vaca Brava há mais de 200 anos produz cachaças especiais e é o berço da Cachaçaria Matuta, que tem bebidas premiadas em competições nacionais, como a ExpoCachaça – mais importante vitrine mundial da cadeia produtiva e de valor da cachaça.
Em 2019, a Cachaçaria Matuta teve uma forte expansão e foram instaladas mais seis dornas de inox de 70 mil litros cada e outros barris de madeira com capacidade de armazenar mais 930 mil litros nas áreas de envelhecimento. A soma total, em 2020, chega a 3,85 milhões de litros em estoque. A Matuta fechou a safra 2019/2020 com 3,070 milhões de litros produzidos.
“Esta é uma cachaça produzida a partir da cana de açúcar crua especialmente selecionada. É uma bebida de qualidade e frutada, que proporciona uma sensação adocicada após o consumo. Pode ser degustada pura, mas faz uma combinação perfeita em drinks e caipirinhas”, explica a sócia diretora da Cachaça Matuta, Germana Leal Freire.
Sobre o Dia Nacional da Cachaça
A criação do Dia Nacional da Cachaça, em 2009, é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Cachaça (Ibrac). O (13) de setembro foi escolhido em homenagem à data em que a cachaça foi oficialmente liberada para a fabricação e venda no Brasil, no ano de 1661.
A legalização aconteceu depois de uma revolta popular, ocorrida no Rio de Janeiro, contra as imposições da Coroa Portuguesa, conhecida como “Revolta da Cachaça”. Até então, a Coroa criava impedimentos para a produção de cachaça no país porque queria que a bebida fosse substituída pela bagaceira, aguardente típica de Portugal.
Sobre Cachaça Matuta
No Nordeste, a cachaça é bem representada pela Cachaçaria Matuta, original da região serrana do Brejo paraibano, na cidade de Areia. Produzida no Engenho Vaca Brava desde 1865, a Matuta tem duas versões destacadas. A cachaça bidestilada, armazenada em barris de Umburana, por um período médio de um ano, adquirindo assim cor e sabor amadeirado. Em 2017 foi a 2ª colocada no 27º Concurso ExpoCachaça.
A cachaça Matuta Cristal recebeu, em 2019, a medalha de prata na categoria Branca Pura na ExpoCachaça. A Matuta é a primeira e única cachaça de alambique envasada em lata no Brasil.
Assessoria