Certificação garante autenticidade do produto valoriza os produtores e fortalece o turismo no Brejo
A cachaça produzida no município de Areia passa a ter sua origem oficialmente protegida. O reconhecimento da Indicação Geográfica foi concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial e assegura que apenas a bebida elaborada dentro do território poderá utilizar o nome Areia no mercado.
O selo da Indicação Geográfica chega como um abraço à história dos engenhos, aos saberes e às mãos que transformam a cana em símbolo de identidade. Cada garrafa de cachaça de Areia passa a carregar, além do sabor, a certeza de uma origem protegida por lei e reconhecida nacionalmente.
A conquista é fruto de um caminho longo, feito de resistência, organização e amor pelo que se produz. Foram anos de dedicação dos produtores que nunca desistiram, mesmo diante das dificuldades do mercado, das oscilações da economia e dos desafios enfrentados por quem escolheu permanecer no campo.
O reconhecimento confirma o que o povo do Brejo sempre soube. A qualidade da cachaça de Areia nasce do território, do clima, do solo, das técnicas artesanais e da relação profunda entre as famílias produtoras e a terra. Não se trata apenas de um produto, mas de um patrimônio que atravessa gerações.
Com a Indicação Geográfica, Areia fortalece sua economia, amplia horizontes no mercado nacional e internacional e impulsiona o turismo de experiência ligado aos engenhos, às histórias e aos sabores do município. O selo também cria uma nova camada de orgulho para quem vive da cachaça e para quem carrega o nome de Areia como identidade.
O processo de registro foi conduzido pela Associação dos Produtores de Cachaça de Areia (APCA), que reuniu produtores, organizou a documentação técnica e acompanhou todas as etapas até a conquista oficial.
Mais do que proteger um nome, a Indicação Geográfica protege o futuro. Ela assegura que as próximas gerações possam continuar produzindo com identidade, valor, reconhecimento e pertencimento. Areia agora tem sua cachaça guardada no papel, mas viva na história de seu povo.
Alessandra Lontra


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