Estar à espera da volta a um mundo que se vê da janela, mas parece tão distante: em ‘O Limite da Espera’, a bailarina Ângela Bandeira investiga nos seus espaços, entre seu apartamento e as áreas comuns do prédio em que vive, a pulsação dos dias de isolamento. O trabalho estreia na sexta-feira (4), às 19h, na série Solos de Estar, do Balé Teatro Castro Alves (BTCA), no canal do YouTube do BTCA.
O recolhimento, a leitura, as saudades diversas e os humores que se alternam atravessam as imagens e os movimentos que vão compondo um mosaico de dias de reclusão, que têm suas esperanças renovadas nas noites de lua cheia. “Eu pensava sempre em como meu corpo poderia ocupar meus espaços e sabia que eu mesma poderia definir meus limites. Queria procurar e descobrir com os meus olhos, meu coração e minha dança”, descreve Ângela.
Sobre o projeto ‘Solos de Estar’
Mantendo linhas de criação em meio às políticas de isolamento social determinadas por conta da pandemia da Covid-19, o BTCA promove a série “Solos de Estar”, em que seus bailarinos se debruçam sobre os enfrentamentos humanos da necessidade de viverem com mais intensidade as suas próprias vidas íntimas, para então desenvolver trabalhos autorais. Os papéis sociais externos que, na grande maioria das situações, ocupam a maior parte de um dia comum, dão lugar à execução extremada dos papéis sociais domésticos. E, enquanto trabalho e casa se fundem, recursos do ambiente familiar compõem cenas de solos inéditos.
Balé Teatro Castro Alves (BTCA) apresenta:
“Solos de Estar” – 6ª edição
‘O Limite da Espera’
Criação e interpretação: Ângela Bandeira
Músicas: Bachianas nº 5 / Melodia Sentimental, de Heitor Villa Lobos
Imagens, montagem e edição: Magali Abreu
Produção: Ângela Bandeira
Finalização e supervisão artística: Wanderley Meira
Quando: 4 de setembro (sexta-feira), 19h
Exibição através do canal do BTCA no YouTube
Ascom/ TCA
