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Com chegada do primeiro caso do novo coronavírus ao Brasil veja como se proteger

A higienização adequada das mãos é importante para evitar a transmissão de infecções por vírus respiratórios como o novo coronavírus - Foto: Divulgação

Coronavírus liga alerta pelo mundo

Além do primeiro caso confirmado de contaminação pelo novo coronavírus em São Paulo, o Brasil tem pelo menos outros dois casos suspeitos da doença nos estados do Espírito Santo e em Pernambuco.

Nos três casos, trata-se de pacientes que chegaram de viagem da Itália nos últimos dias. O homem reside em São Paulo, mas viajou recentemente à trabalho para a Itália, na região da Lombardia. Ele iniciou com sinais e sintomas compatíveis com a suspeita de coronavírus, mas passa bem. O paciente está com sinais brandos e recebeu as orientações de precaução padrão.

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo estão realizando a identificação dos contatos no domicílio, hospital e voo, com apoio da Anvisa junto à companhia aérea.

No país europeu, o número de casos de contaminação pelo novo coronavírus disparou durante o Carnaval: até esta quarta, mais de 320 casos foram confirmados e 11 pessoas morreram. Desde segunda-feira (24), a Itália passou a integrar a lista do Ministério da Saúde de países de alerta do novo coronavírus.

Veja o que dizem os infectologistas e quais as principais recomendações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), o Serviço de Saúde britânico (NHS) e do Ministério da Saúde brasileiro para a prevenção do Covid-19.

A principal — simples, porém bastante eficiente — é lavar as mãos com sabão após usar o banheiro, sempre que chegar em casa ou antes de manipular alimentos.

O ideal é esfregar as mãos por algo entre 15 e 20 segundos para garantir que os vírus e bactérias serão eliminados — de acordo com Fernando Spilki, presidente da Sociedade Brasileira de virologia, o tempo para se cantar dois “Parabéns a você”.

Essa é uma orientação básica para evitar uma série de doenças e é eficiente especificamente contra o coronavírus porque ele é um vírus envelopado.

Isso significa que, além da estrutura que recobre o genoma do vírus, o chamado capsídeo, ele tem um envelope, uma bicamada lipídica onde ficam as proteínas que vão fazer a interação com as membranas das nossas células para nos infectar.

O envelope pode dar a ideia que esse vírus é mais forte, mas é justamente o contrário.

“A camada do envelope, por conter gordura, é muito sensível a solventes, sabão, à dessecação (extrema secura), à falta de umidade no ambiente”, afirma Fernando Spilki, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia.

Se estiver em um ambiente público, por exemplo, ou com grande aglomeração, não toque a boca, o nariz ou olhos sem antes ter lavado as mãos ou antes de limpá-las com álcool. O vírus é transmitido por via aérea, mas também pelo contato.

Ainda não se sabe quanto tempo o coronavírus sobrevive fora do corpo, mas o vírus da influenza, por exemplo, pode resistir por até 24 horas em superfícies mais porosas, como a madeira, explica a médica Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

É por isso que também é importante manter o ambiente limpo, ela diz — higienizar com soluções desinfetantes as superfícies da casa, móveis e o telefone celular, por exemplo.

Para limpar o celular, pode-se usar uma solução com mais ou menos metade de água e metade de álcool, além de usar um pano limpo.

Medidas como essas valem mais até do que usar máscara, dependendo da situação. A infectologista Rosana Richtmann ressalta que os brasileiros, ao contrário dos asiáticos, não têm uma cultura de usar máscaras de proteção — muitas vezes, nem sabem colocá-las adequadamente.

“É capaz de se transformar em uma falsa sensação de segurança, diz ela.”

Isso porque seria preciso trocar a máscara com uma certa frequência — quando ela ficar úmida, por exemplo —, encaixá-la bem nas orelhas, entre outros cuidados.

No caso do coronavírus, as máscaras mais tradicionais não funcionam, afirma o médico Fernando Spilki, porque seu tamanho permite que ele atravesse o material.

Por isso, em ambientes hospitalares os profissionais de saúde têm usado máscaras com filtro de ar ou feitas de materiais com poros menores que a partícula viral.

AFP

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