Por Alessandra Lontra
A Prefeitura Municipal de Pitimbu, por meio da secretaria de Turismo e Meio Ambiente, irá inaugurar, na próxima sexta-feira (21) de agosto, um novo complexo turístico na cidade, com ampla Praça de alimentação com lojinhas para a gastronomia e para o artesanato local.
Essa requalificação dos espaços urbanos de Pitimbu, localizado no Litoral Sul paraibano, faz parte do processo de melhoria da infraestrutura visando proporcionar mais conforto e atrair mais turistas para o município.
A nova Praça contará com 8 lojas para comercialização de artesanatos que foram selecionados por tipologia, para que o turista possa comprar peças feitas com a quenga de coco, com a fibra da palha do coqueiro, com as escamas de peixe, com as conchas de mariscos, macramê, fuxicos, crochê e outros trabalhos manuais. Além disso, a Praça contará com 13 quiosques de alimentação, onde serão comercializados lanches e petiscos, com o melhor da gastronomia local, totalizando assim, 21 quiosques.
No centro da nova Praça, estarão ancorados quatro caícos, que são pequenas embarcações com duas proas e de fundo chato, utilizadas para pesca e recreação, onde consta letreiro com os nomes das Praias e das duas Colônias de Pescadores do Município; a Z4 – Pitimbu e a Z10 – Acaú. Inclusive, as jangadas com dois mastros, adaptação decorrente do regime de ventos da região, possibilitou o acréscimo de mais uma vela na embarcação visando melhorar a navegação existente em Pitimbu. As jangadas são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na categoria de Paisagem Cultural Brasileira. Além disso, o piso da nova Praça, apresenta em mosaico, a Rosa dos Ventos e o Planisfério, que definem o Marco Zero do Município.
O nome “Porto dos Franceses” que foi dado à nova Praça, é uma homenagem a Pitimbu, que na época do Brasil Colônia recebia muitas visitas de estrangeiros, notadamente, franceses interessados em “negociar” o pau-brasil com os índios Potiguara e Tabajaras que habitavam a região.
Naquela época, a enseada de Pitimbu ficou conhecida como “Porto dos Franceses”, por ter ancoradouros para mais de 12 naus que contavam com 6 ou 10 braças de profundidade (braça é uma antiga medida de comprimento equivalente a 2,20 metros, linearmente, que, apesar de antiga, atualmente ainda é usada). Os franceses, que chegaram muito antes dos portugueses, atracavam suas embarcações no local e realizavam as trocas com índios locais e ancoravam os navios dos comerciantes de pau-brasil, em um verdadeiro porto natural, longe das ondas bravias do mar aberto.
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