Prédio abrigará Centro de Referência da Celebração da Herança Africana e Centro de Acolhimento Turístico
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, assinou nesta quarta-feira (04.11), o Termo de posse do Armazém Docas D. Pedro II, no Rio de Janeiro (RJ). O local, que estava sob a responsabilidade da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), abrigará um Centro de Referência da Celebração da Herança Africana, que ficará sob a responsabilidade da Fundação Cultural Palmares. Ainda durante a cerimônia, Álvaro Antônio assinou uma ordem de serviço para o início dos serviços necessários à elaboração do projeto executivo arquitetônico para a adequação do imóvel.
“É com imenso prazer que tomamos posse desse local tão importante para a cultura afro e que se localiza em um lugar tão simbólico para o Rio de Janeiro. Tenho certeza que esse novo local contribuirá para a valorização desse povo, como também para a atração de mais turistas. É uma ótima oportunidade para atrair investidores e, consequentemente, gerar emprego e renda para o nosso país”, disse o ministro.
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, agradeceu o empenho do ministro Marcelo Álvaro Antônio na transferência da posse do imóvel e destacou a importância desta ação para o país. “É uma grande honra receber esse termo de cessão, observada a importância histórica, simbólica e cultural que esse espaço tem. É um ganho para o governo do presidente Jair Bolsonaro e para o Brasil”, disse.
Desde outubro, por determinação do ministro Marcelo Álvaro Antônio, a Pasta vem adotando em prioridade, gestões administrativas no sentido de viabilizar a concretização da transferência do bem. Foram realizadas reuniões entre membros da Prefeitura do Rio de Janeiro, do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artísitico Nacional), da AGU, da Fundação Palmares e da ONG Ação da Cidadania (que atualmente ocupa o lugar) para discutir as melhores formas para o efetivo cumprimento das obrigações da União frente ao acordo celebrado com a Unesco.
O prédio Docas Dom Pedro II está localizado em frente ao Cais do Valongo, considerado Patrimônio Mundial da Unesco, por ser o único vestígio material do desembarque de cerca de 1 milhão de africanos escravizados nas Américas. A iniciativa, segundo o Iphan, fortalece as responsabilidades históricas, não só do Estado brasileiro, como de todos os países membros da Unesco.
MTur
