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Forró: um ritmo que embala histórias pelo Brasil

Dia Nacional do Forró nesta terça-feira (13.12). Crédito: Arquivo MTur/Divulgação

Em 2022, o Dia Nacional do Forró (13.12) também marca um ano de reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil

Hoje, é o dia do ritmo contagiante que faz todo mundo ficar com vontade de dançar coladinho! Celebrado nesta terça-feira (13.12), o Dia Nacional do Forró homenageia o nascimento de Luiz Gonzaga, considerado o Rei do Baião, e que nesta data completaria 110 anos. O cantor, compositor e sanfoneiro é o maior representante do ritmo no país não é a toa. O artista compôs, cerca de 700 músicas e a maioria retratando o dia a dia, cultura e realidade da região e das pessoas do nordeste.

O Forró surgiu em 1930, em Pernambuco, consolidado pelos instrumentos sanfona, zabumba e triângulo. Desde seus primeiros registros, o ritmo alegre remete à festa popular, dando sentido a um tipo específico de música, que pode ser cantada ou apenas instrumental. A partir da década de 50, com Luiz Gonzaga, o Forró deslanchou e, ao longo dos anos, gerou outras raízes musicais, como o Arrasta pé; Xote; Baião; Xaxado; Coco; Embolada; Marcha (muito utilizado em quadrilhas juninas); Maracatu; Forró Eletrônico, o Pé de Serra; o Universitário. entre outros.

Em 2022, o Forró completa também um ano de reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil. O título foi concedido no ano passado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério do Turismo. O órgão considerou os mais de 100 anos de contribuição cultural, histórica e de identidade, desse ritmo que retrata a vida do povo nordestino do Brasil.

Para o Ministro do Turismo, Carlos Brito, o Forró não se limita apenas a música e dança, o gênero é uma manifestação artística cultural. “Os ritmos brasileiros possuem uma riqueza de elementos e composições. O Forró carrega grandes histórias e representa a trajetória do povo nordestino, além de embalar os festivais culturais do país. É de suma importância que haja esse reconhecimento das Matrizes Tradicionais e comemorar um ano desse título é uma enorme conquista para a cultura e para o turismo brasileiro”, afirma.

Hoje, o ritmo faz parar o Brasil, ou melhor, arrastar o pé dos turistas, com muita música ao vivo, dança e comidas típicas.

RECONHECIMENTO – A solicitação de registro para que as Matrizes Tradicionais do Forró se tornassem um Patrimônio Cultural do Brasil foi apresentada pela Associação Balaio do Nordeste e pelo Fórum Forró de Raiz da Paraíba. A iniciativa teve o apoio de 423 forrozeiros de todo país.

Por meio da designação, as Matrizes Tradicionais do Forró recebem o reconhecimento no Livro de Registro das Formas de Expressão, com abrangência nacional, onde estão marcados bens como Repente, a Ciranda do Nordeste, a Roda de Capoeira, o Maracatu Nação (PE), o Carimbó (PA) e a Literatura de Cordel. Com essa ação o Forró integra políticas públicas para a salvaguarda da manifestação.

MTur

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