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Destinos

Expedição “Jornalistas na Estrada” desvenda Araruna, a Capital Paraibana do Turismo de Aventura

Joralistas da expedição em frente a impressionante Pedra da Macambira, em Araruna (PB)

por Alessandra Lontra

Viajar é, sem dúvida, uma das experiências mais enriquecedoras que podemos ter. Desbravar novos lugares, conhecer diferentes culturas e viver momentos inesquecíveis são alguns dos prazeres proporcionados pelas viagens. Foi com esse espírito que me juntei a outras quatro jornalistas de turismo para criar a Expedição: Jornalistas na Estrada. Nosso objetivo é mostrar destinos incríveis, servindo de inspiração para quem está planejando sua próxima aventura e ir além das dicas de viagem, mas também falar sobre a cultura do local e contar histórias.

Convidadas por Ricardo Câmara, presidente do Fórum de Turismo Sustentável do Curimataú e gestor da Trilha de Longo Curso e Conectividade “Caminhos das Ararunas”, nossa equipe de jornalistas desbravou Araruna, a Capital Paraibana do Turismo de Aventura, situada na Serra da Araruna, a 165km de João Pessoa e 120km de Natal. Com o apoio de Ricardo e empresários locais, vivenciamos a riqueza histórica, cultural, gastronômica e as belezas naturais que Araruna oferece, destacando-se como um destino notável no Agreste Paraibano.

Um dos destaques da nossa expedição foi a Trilha de Longo Curso e Conectividade “Caminhos das Ararunas”, a primeira da Paraíba e do Nordeste a se cadastrar na RedeTrilhas, uma iniciativa dos Ministérios do Turismo (MTur), do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Com cerca de 135 km de extensão, divididos em oito trechos de diferentes graus de dificuldade, a trilha me ofereceu uma experiência única como aventureira.

A trilha “Caminhos das Ararunas” é um marco para entusiastas do ecoturismo e turismo de aventura, oferecendo uma experiência única por meio de paisagens espetaculares. O percurso revela serras, blocos rochosos, caminhos pedregosos e a flora da caatinga, cruzando leitos de rios secos, matas, fragmentos da Mata Atlântica e geossítios impressionantes como a Pedra da Boca e os Cânions do Macapá e da Serra Verde.

O Cânion do Macapá, um desfiladeiro formado há milhões de anos pelo Rio Salgadinho, impressiona com sua cachoeira com queda d’água de mais de 90 metros. Do alto do mirante, o visitante pode ter uma vista panorâmica da serra e dos imensos paredões de rocha que escondem entradas de grutas, cavernas e registros de homens pré-históricos.

Nas proximidades da cidade, o Cânion da Serra Verde convida os visitantes a explorar uma trilha leve que serpenteia por paisagens de tirar o fôlego. O percurso culmina em uma encantadora cachoeira, cujas águas são aquecidas naturalmente pelos raios solares que incidem sobre o lajedo, proporcionando um banho revigorante em uma temperatura surpreendentemente agradável.

Um dos diferenciais da trilha “Caminhos das Ararunas” que me chamou a atenção é a sua sinalização internacional, que segue o padrão da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso e Conectividade. A marca, formada por elementos característicos da região inscritos dentro de uma “pegada de bota”, me indicou a direção correta da trilha. A bota amarela representa o percurso mais leve, enquanto a bota preta sinaliza trechos de maior grau de dificuldade, garantindo a minha segurança e orientação como trilheira.

Sinalização da Trilha “Caminhos das Ararunas”

No caso do “Caminhos das Ararunas”, o desenho dentro da bota são araras, pois o nome Araruna, de origem tupi-guarani, significa “arara preta”, devido à abundância dessas aves no início do povoamento. Curiosamente, a plumagem das ararunas é azul-escuro, parecendo preta apenas à distância.

Além disso, a trilha dispõe de passaporte bilíngue, uma iniciativa inovadora que contém a identificação do caminhante e informações importantes sobre o percurso. Esse documento serve como um registro da jornada e permite o aventureiro colecionar carimbos dos pontos de apoio ao longo do caminho. Ao completar a trilha dentro da minha modalidade, seja a pé, correndo, de bicicleta ou a cavalo, os participantes recebem um certificado de conclusão, um reconhecimento especial pela sua conquista.

Outro destaque da nossa expedição foi a visita ao Parque Estadual Pedra da Boca, um local voltado para a aventura, o ecoturismo e o turismo religioso. Considerada cartão-postal de Araruna, sua característica mais marcante, uma formação rochosa com uma grande abertura que se assemelha a uma “boca”, oferece vistas panorâmicas do entorno. Além disso, formações como a Pedra da Caveira e a Pedra da Santa, esta última famosa por suas pinturas rupestres, adicionam valor histórico e cultural à experiência.

O Parque está inserido nos contrafortes da Serra da Confusão, com várias serras de rochas graníticas que escondem grutas e cavernas quase inexploradas, algumas com importantes sítios paleontológicos e arqueológicos. O Santuário de Nossa Senhora de Fátima, próximo à Pedra da Santa, é palco do turismo religioso no Parque, com estrutura para receber aproximadamente 5.000 romeiros durante as celebrações religiosas.

Em nossa expedição, descobri que Araruna vai além da conhecida Pedra da Boca, e aí destaco também a impressionante Pedra da Macambira. Localizada no Trecho 07 da Trilha, no Vale do Rio Calabouço, essa formação granítica de cerca de 500 metros de comprimento e 90 metros de altura é um destino cobiçado por entusiastas de esportes radicais. Com grutas, nascentes de água cristalina e inscrições rupestres ao seu redor, a Pedra da Macambira é perfeita para atividades como pedalada, corrida, rapel, escalada e trilhas.

Pedra da Macambira, Araruna – Foto: Expedição

Nesse trecho da trilha, está localizada a casa do Seu Manoel, um morador local que se tornou um grande aliado dos trilheiros. Sua propriedade, localizada na 3ª casa à esquerda da estrada, onde a cerca é recuada, serve de apoio para os aventureiros, oferecendo área de camping e serviço de alimentação com produtos da agricultura familiar. A hospitalidade e o conhecimento de Seu Manoel sobre a região são um verdadeiro tesouro, enriquecendo ainda mais a experiência do visitante.

A Trilha de Longo Curso e Conectividade “Caminhos das Ararunas” é um exemplo de como o turismo pode ser desenvolvido de forma sustentável, valorizando as riquezas naturais e culturais de uma região. Ao atrair aventureiros de todo o país, ela impulsiona a economia local e promove a preservação do meio ambiente. Com sua sinalização internacional, passaporte bilíngue e atrativos únicos, como a Pedra da Macambira e a acolhida de Seu Manoel, a trilha se consolidou para mim como um destino imperdível para os amantes do ecoturismo e do turismo de aventura.

Jornalistas Alessandra Lontra, Teresa Duarte, Rosa Aguiar, Ruth Avelino e Ana Macêdo, em Araruna (PB)

A partir da Expedição: Jornalistas na Estrada, pudemos mostrar que Araruna é um destino completo, capaz de atender aos mais variados perfis de turistas. Se você busca aventura, paisagens deslumbrantes e experiências inesquecíveis, não deixe de incluir Araruna em seu próximo roteiro de viagem.

Araruna, a Capital Paraibana do Turismo de Aventura, está pronta para receber visitantes de todo o Brasil e do mundo, oferecendo uma experiência única que vai muito além da icônica Pedra da Boca. Prepare-se para se encantar com as belezas naturais, a rica história e a hospitalidade do povo ararunense, enquanto explora esse tesouro do turismo de aventura no Nordeste brasileiro.

*Esta foi a primeira de várias matérias que farei ao longo do mês de julho mostrando cada local visitado por nós durante a Expedição: Jornalistas na Estrada.

**Para explorar a Trilha de Longo Curso e Conectividade “Caminhos das Ararunas”, faça sua reserva com Araruna Adventure, agência especializada que conta com condutores capacitados para garantir sua segurança e conforto durante a jornada.

Mais informações sobre a Trilha:

Araruna Adventure: +55 83 9.9628-9735
Instagram: @ararunaadventure

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