Evento marca momento histórico para o setor cafeeiro do Nordeste com foco em qualidade, sustentabilidade e turismo
O município de Areia, situado no coração do Brejo, sediou nesta terça-feira (09) o “Conexão Nordeste – 1º Encontro de Cafeicultura do Brejo Paraibano”. O evento reuniu mais de 400 participantes, incluindo produtores, pesquisadores, técnicos e representantes de instituições públicas e privadas do setor cafeeiro. As discussões, realizadas no auditório do Centro de Ciências Agrárias da UFPB, abordaram temas essenciais como qualidade, sustentabilidade, turismo e inovação na produção de café da região.
A cerimônia de abertura contou com a participação de diversas autoridades, incluindo Bruno Dias, diretor do CCA/UFPB; Guilherme Podestá, professor e orientador do Núcleo de Estudo em Cafeicultura (NECAF/UFPB); Leonaldo Andrade, presidente da ATURA; Sérgio Martins, superintendente do SENAR; Ricardo Elesbão, pesquisador da Embrapa Alimentos e Territórios; e Franco Fred Cordeiro Tavares, gerente do Sebrae-PB.
“O 1º Encontro de Cafeicultura do Brejo Paraibano está sendo uma oportunidade muito rica para todos nós, que apostamos na cultura do café como um produto associado ao turismo”, destacou Leonaldo Andrade. “Apresentamos o projeto da ATURA como incentivo à produção de cafés gourmet, que queremos inserir na vitrine do turismo no Brejo paraibano.”
Ao longo do dia, painéis com especialistas de diferentes estados abordaram temas como produção de cafés especiais, desafios da cafeicultura nordestina, o papel da ciência e da extensão rural, e as conexões com o turismo de experiência.
Renata Silva, analista de Inovação da Embrapa Alimentos e Territórios, ressaltou a importância do evento na integração regional: “Conseguimos confirmar realmente que estamos fazendo essa conexão Nordeste. Temos aqui representantes de diversos estados produtores – Ceará, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba – incluindo técnicos, produtores, pesquisadores e extensionistas. Muitas pessoas ainda não conhecem a cafeicultura nordestina, e hoje foi possível ver que sim, é possível produzir com qualidade, sustentabilidade e agregação de valor.”
Para Guilherme Podestá, o evento representa um divisor de águas. “É um marco para os trabalhos com café na Universidade Federal da Paraíba. A presença de mais de 400 inscritos representa uma grande possibilidade de parcerias, apoio técnico e estímulo aos produtores rurais. Já temos indicativos de assistência técnica para os interessados em café, o que também fortalece a cadeia turística local.”
Além das palestras, o evento proporcionou momentos de integração e troca de experiências, fortalecendo redes entre os participantes e apontando caminhos para o desenvolvimento territorial por meio do café. A programação continua nesta quinta-feira (10) com atividades voltadas à valorização do papel das mulheres na cafeicultura e casos de sucesso de outras regiões do Brasil.
Alessandra Lontra *Com informações da Ascom Atura