Os projetos Porto Novo (iniciativa pública) e Porto Novo Recife (iniciativa privada) são grandes obras, que devolvem à cidade espaços antes dedicados à operação portuária. Um grande projeto de requalificação e reurbanização de áreas nobres que vão dialogar e enriquecer as opções de lazer, cultura, comércio, arqueologia e turismo do Bairro do Recife. Armazéns reformados e novas obras abrigam o Centro de Artesanato de Pernambuco, o Cais do Sertão Luiz Gonzaga, o Terminal Marítimo de Passageiros, com a sala Pernambuco integrada a ele, escritórios, restaurantes, bares, lojas de entretenimento e pontos comerciais. Nos novos espaços também serão construídos um hotel, uma marina internacional, um centro de convenções, e também a reurbanização de todo o entorno desses equipamentos.
O objetivo do projeto de requalificação e reurbanização é transformar essa área histórica da cidade em um centro de cultura, lazer e negócios. Iniciado em 2012, o projeto Porto Novo Recife está na segunda etapa. Durante a obra, está prevista a geração de 1.430 empregos, além de 3.380 postos de trabalho diretos e indiretos quando os empreendimentos ficarem prontos, no primeiro semestre de 2022.
O complexo hoteleiro no centro de Recife terá custo total de mais de R$ 150 milhões, sendo que R$ 96,6 milhões Banco do Nordeste (BNB), com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, pela linha FNE Proinfra, com crédito destinado à construção de um complexo turístico com hotel, integrado a uma marina e um centro de convenções. As obras tiveram início em 2021.
No âmbito do Programa de Apoio ao Turismo Regional (FNE Proatur), o financiamento do Banco do Nordeste corresponde a 63% do valor do projeto, orçado em R$ 151,1 milhões. O crédito será utilizado para a construção civil, capital de giro e compra de máquinas, equipamentos, móveis e utensílios, além de estudos e projetos.
O hotel terá 300 apartamentos na categoria quatro estrelas, de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação dos Meios de Hospedagem (SBClass) do Ministério do Turismo. O local deve comportar ainda restaurantes, lojas, bares e piscina. Já a marina, de classe internacional, deve disponibilizar 156 vagas para embarcações de lazer. E o centro de convenções consistirá num conjunto de salas de reuniões com espaços modulares e capacidade para receber 4 mil pessoas.
O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, destacou os investimentos na região. “Isso é de fundamental importância para potencializar o turismo. São investimentos que agregam valor ao turismo”, disse.
A transformação dos antigos armazéns de cargas é uma obra de impacto econômico e urbano. Os sete antigos armazéns (armazéns 9, 12, 13, 14, 15, 16 e 17) serão reformados para abrigar escritórios, restaurantes, bares, lojas de entretenimento e pontos comerciais. Nos novos espaços também serão construídos um hotel, uma marina internacional e um centro de convenções.
De acordo com a licitação, cada armazém deverá cumprir uma função. O armazém 9 deve ter a implantação, manutenção e exploração comercial de escritórios para desempenho de atividades comerciais compatíveis com o plano de desenvolvimentos da cidade. Serão escritórios modernos, com central de ar-condicionado ecoeficiente, gerador próprio de eletricidade, controle de acesso seguro e informatizado, circuito fechado de tevê e vagas com garagem privativas para todas as unidades.
Os armazéns 12, 13 e 14 vão ter restaurantes, bares, lojas de entretenimento e comerciais, espaços para exposições e eventos fechados. O armazém 15 terá hotel ou apartamentos de longa estada, com no mínimo 200 unidades, em padrão igual ou superior a três estrelas. O estabelecimento deverá ter restaurantes, lojas, bares, salas de reunião, piscina, academia de ginástica e número de vagas de garagem compatível. Os armazéns 16 e 17 terão centro de convenções integrado ao hotel, com capacidade mínima para quatro mil pessoas, com espaços modulares, para possibilitar o maior número de eventos possíveis.
Redação *Com informações MTur e Porto do Recife