Vencedores serão conhecidos na primeira semana de abril durante feira em São Paulo. A nova gestão da Embratur quer promover no exterior práticas turísticas inspiradoras e replicáveis em sustentabilidade
O Brasil tem oito cases de sucesso, entre os 15 finalistas, no Prêmio de Turismo Responsável 2023 da América Latina. Os vencedores serão divulgados durante a WTM Latin America, na primeira semana de abril, em São Paulo (SP), mas o reconhecimento das iniciativas mais inspiradoras e replicáveis em turismo responsável e sustentável já são vistos pela Embratur como referências para serem promovidas para todo o país.
A chancela faz parte dos Global Responsible Tourism Awards da WTM e, nesta terceira edição, conta com as seguintes categorias: Melhores soluções para gestão de resíduos plásticos; Melhores conexões significativas; Melhores modelos de compras locais, artesanato e alimentação; Abordando as mudanças climáticas; Melhores soluções para a promoção da diversidade e inclusão, e Melhores iniciativas para a conservação da natureza.
O Brasil concorre com Diáspora.Black-SP, Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul, Pipa Convention Bureau-RN, Raízes Desenvolvimento Sustentável-MG, Rede BATUC – Turismo Comunitário da Bahia, Rota do Enxaimel-SC, Mobiliza São Luiz Sebrae-MA e Toca do Kainã-SP.
“Esses são exemplos claros do Brasil que a Embratur quer e vai promover no exterior. É o Brasil que inova para garantir sustentabilidade ambiental, econômica e social, que combate o racismo e valoriza a diversidade de seu povo ”, destaca o presidente da Embratur, Marcelo Freixo.
O projeto Mobiliza São Luís está entre os 15 destaques da premiação. O movimento foi idealizado, em 2021, pelo Sebrae, parceiro da Embratur, no Maranhão, e tem atraído cada vez mais empreendedores criativos da capital maranhense. Durante nove dias, o projeto espalha eventos e ações diversas voltados a promover, reconhecer e exaltar a cultura, turismo e economia criativa produzida por e/ou para ludovicenses, gerando conexões e fazendo movimentar a indústria criativa local.
“Receber esse prêmio reforça o slogan do nosso movimento, que é ‘Conectar para Transformar’. Também valoriza São Luís, que vai ter ganho de visibilidade como destino turístico com os principais agentes do trade turístico e da economia criativa latino-americana. Isso nos deixa muito orgulhosos, principalmente por sabermos o efeito multiplicador enorme para pequenos negócios”, diz o diretor técnico do Sebrae no Maranhão, Mauro Borralho.
O fundador e diretor do Diáspora.Black, Antônio Pita, exalta que é esta é a segunda vez que a organização é finalista deste prêmio, que está em sua terceira edição. “É muito especial estar ao lado de outras iniciativas importantes para transformar o setor. Estamos muito felizes com esse reconhecimento aos projetos que desenvolvemos de fomento ao afroturismo em todo o País. Realizamos no ano passado o mapeamento e diagnóstico do setor, e apoiamos o fortalecimento de 10 iniciativas para valorizar a memória negra dos territórios e ampliar a diversidade de atrativos dos destinos”, disse.
Os demais concorrentes ao Prêmio de Turismo Responsável 2023 da América Latina são Equatur (Equador), Quinti Ecuador (Equador), Governo de Antioquia, (Colômbia), La Union Coffee Farm (Colômbia), Say Hueque (Argentina), Wilderness Patagonia (Argentina) e Las Torres Patagonia (Chile). Os 66 trabalhos inscritos de diversos países latino-americanos passaram por avaliação de 18 profissionais que compõem o júri da 3ª edição do Prêmio de Turismo Responsável da WTM Latin America.
Tema transversal na Embratur
A nova gestão da Embratur criou a Gerência de Sustentabilidade e Ações Climáticas com o objetivo de conectar investidores estrangeiros com destinos brasileiros através de políticas de neutralização da emissão de carbono, resíduos sólidos, entre outras práticas sustentáveis.
De acordo com o presidente da Embratur, “esse é um tema que será transversal em todas as gerências e ações da Agência”. “Ninguém quer visitar um país que destrói suas florestas. As pessoas vão visitar o Brasil que preserva suas florestas, que tem responsabilidade climática”, reforça Freixo.