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Aviação

Azul prevê aumento nas tarifas aéreas devido à alta do dólar

Azul Linhas Aéreas - Foto: Divulgação

Executivos da companhia aérea afirmam que cada elevação de 5% na moeda americana exige reajuste de 3% nas passagens

A Azul, uma das principais companhias aéreas do Brasil, sinalizou que o recente aumento do dólar frente ao real poderá resultar em tarifas mais caras para os passageiros. A informação foi divulgada durante o Azul Day, evento realizado em Nova York na última terça-feira, onde executivos da empresa discutiram estratégias e perspectivas para o futuro.

De acordo com Alexandre Wagner Malfitani, diretor financeiro da Azul, cada aumento de 5% no valor do dólar exigiria um reajuste de 3% nas tarifas aéreas para compensar o impacto nas despesas e no fluxo de caixa da empresa. “A gente precisa ter esse aumento de tarifa. E temos sido capazes de subir. Não é o caso de o dólar subir hoje e aumentar a tarifa amanhã. Isso acontece com o tempo”, explicou o executivo.

John Rodgerson, CEO da Azul, ressaltou a confiança da empresa em atingir suas metas financeiras, destacando a capacidade de atravessar crises. “Estamos confiantes para o guidance que temos de Ebitda (R$ 7,4 bilhões em 2025). Queremos destacar que temos habilidade de atravessar crises. E a tarifa tem crescido mais rápido do que a desvalorização da moeda”, afirmou.

A companhia também enfatizou sua posição de liderança no mercado brasileiro. Abhi Manoj Shah, presidente da Azul, destacou que a empresa é a única a operar em 82% das suas rotas e líder em 91% delas. “Quando voamos para uma cidade, queremos dominá-la”, disse Shah.

Apesar dos desafios econômicos, os executivos da Azul veem potencial de crescimento no mercado brasileiro. Rodgerson comparou o Brasil com outros países da América Latina, afirmando que “se a gente crescer no Brasil para o mesmo nível de demanda do México ou Colômbia, a gente precisaria de outras três aéreas como a Azul”.

A empresa também abordou sua recente reestruturação financeira, que incluiu uma captação de US$ 500 milhões com detentores de dívidas no exterior. Malfitani destacou que a Azul foi a única companhia aérea brasileira que não entrou em Chapter 11 durante a crise, atribuindo isso ao apoio dos stakeholders e ao modelo de negócios da empresa.

Por fim, foi anunciada uma reunião entre os CEOs das três maiores companhias aéreas do Brasil – Latam, Gol e Azul – com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, marcada para o dia (09) do próximo mês. O encontro tem como objetivo discutir o elevado preço do combustível, uma das principais preocupações da indústria atualmente.

Alessandra Lontra

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