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Meio Ambiente e Sustentabilidade

ONG Guajiru e Inpact retiram rede fantasma dos corais na Penha

Retirada da rede fantasma da Praia do Seixas, pela equipe multidisciplinar coordenada pela ONG Guajiru e Instituto Inpact

Ação inédita da ONG Guajiru e do Inpact na Praia da Penha remove ameaça silenciosa aos corais e à vida marinha, com apoio de emenda parlamentar e ampla colaboração

Uma importante ação da ONG Guajiru, em parceria com o Instituto Inpact, removeu uma rede fantasma que ameaçava a vida marinha em João Pessoa. A iniciativa, que protege o mar e o ecossistema local, contou com apoio de emenda parlamentar e de diversas instituições.

A Associação Guajiru, em parceria com o Instituto de Pesquisa e Ação (Inpact), liderou a complexa operação de retirada de uma rede fantasma que estava submersa em uma área de corais na Praia da Penha, em João Pessoa. A ação, que representa um marco para a Guajiru, foi viabilizada por recursos provenientes de uma emenda parlamentar concedida pelo deputado estadual Luciano Cartaxo, com o apoio fundamental da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema).

Essa iniciativa pioneira não apenas remove um perigo imediato para a fauna marinha, mas também estabelece um precedente importante para futuras ações de conservação ambiental no estado. Ao ser contemplada com a emenda parlamentar no final de 2024, a Guajiru se torna a primeira organização de caráter ambiental na Paraíba a ser beneficiada com esse tipo de recurso por meio de um órgão público, demonstrando o reconhecimento da importância do trabalho da ONG para a preservação do meio ambiente.

A operação de retirada da rede fantasma em João Pessoa, realizada em (31) de janeiro, mobilizou mais de 30 participantes, refletindo o engajamento e a colaboração de diversos setores da sociedade. A equipe multidisciplinar incluiu voluntários da Guajiru, mergulhadores especializados do Inpact, do Clube do Mergulho, do Personal da Aventura e do Primeiro Sol, membros do Corpo de Bombeiros do Batalhão de Busca e Salvamento, da Avenida Cabo Branco, um pelotão da Capitania dos Portos da Paraíba, técnicos da Sudema e, crucialmente, pescadores locais, que demonstraram seu compromisso com a saúde do ambiente marinho que lhes proporciona o sustento.

A identificação da rede fantasma foi resultado do diligente trabalho de monitoramento de corais realizado pela pesquisadora e doutora na área de restauração ecológica de corais, Karina Massei, e sua equipe do Espaço Oceano e do Programa Estratégico de Estruturas Artificiais Marítimas (Preamar-PB). O termo “rede fantasma” (ghost gear) se refere a equipamentos de pesca abandonados ou perdidos, que continuam a representar uma ameaça para a vida marinha, muitas vezes de forma invisível e silenciosa.

A demanda pela retirada da rede fantasma foi considerada de caráter emergencial, dada a complexidade e os riscos envolvidos na operação. A remoção exigiu tempo, técnica especializada e recursos significativos, uma vez que a rede estava espalhada de forma descontínua sobre o recife de coral, representando um perigo para diversas espécies marinhas, como tartarugas, golfinhos, tubarões, aves marinhas, caranguejos e outros animais, além de potenciais riscos para mergulhadores.

“A rede fantasma, que estava submersa há mais de um ano, representava um grande risco à fauna marinha e até mesmo a seres humanos, pois poderia enroscar mergulhadores e causar acidentes fatais. Devido ao grau de perigo envolvido na operação, a participação coordenada de todos os setores foi fundamental para garantir a segurança dos envolvidos”, explicou a bióloga e vice-presidente da Guajiru, Juliana Galvão, ressaltando a importância da colaboração e do profissionalismo de todos os envolvidos para o sucesso da operação.

Alessandra Lontra

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