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Artigo

Mulheres que viajam sozinhas transformam liberdade em aprendizado

Liberdade com segurança em cada destino - Foto: Ale Lontra

por Alessandra Lontra

Viajar sozinha é mais do que escolher um destino. É atravessar fronteiras externas e internas, é provar que o mundo também pertence às mulheres. O café degustado em silêncio numa cidade histórica pode ter o mesmo valor simbólico que a conquista de um mirante depois de horas de trilha. Ambos revelam autonomia.

Mas toda liberdade caminha de mãos dadas com o cuidado. A mulher que viaja sozinha sabe que coragem não significa imprudência. É por isso que planejamento não é detalhe: é parte da essência da experiência. Pesquisar antes de embarcar, conhecer a cultura local, se informar sobre segurança e escolher hospedagens bem avaliadas são gestos que sustentam a confiança necessária para viver o extraordinário.

Carregar cópias de documentos, dividir o dinheiro em locais diferentes da mala, manter o celular sempre carregado e avisar familiares sobre o roteiro são estratégias simples que aumentam a tranquilidade. A intuição, essa voz interna muitas vezes desacreditada, é companheira poderosa. Se algo parece estranho, não precisa ser insistido.

E há uma verdade que precisa ser dita com clareza: viajar sozinha não significa enfrentar tudo sem apoio. Ao escolher atividades que envolvem riscos ou exigem conhecimento técnico, como descer uma corredeira, escalar uma montanha ou enfrentar uma trilha de longo curso, contratar um guia de turismo local é indispensável. Esse profissional não apenas garante segurança, mas enriquece a vivência com histórias, saberes e olhares que só quem nasceu ou vive na região pode oferecer.

Quando retorna, a mulher traz consigo muito mais do que lembranças. Ela volta consciente de que sua companhia basta, mas também de que a prudência é aliada da liberdade. Aprende que autonomia não é ausência de medo, mas a sabedoria de caminhar com ele sem se deixar aprisionar.

Viajar sozinha é mais do que uma aventura. É um manifesto íntimo. É escrever uma narrativa onde planejamento, coragem e cuidado se entrelaçam. E o fechamento dessa história nunca cabe numa mala, porque a verdadeira bagagem é outra: a certeza de que nenhuma barreira social, cultural ou geográfica é capaz de limitar uma mulher que decide ocupar o mundo com os próprios passos.

Cada viagem solo é um ato de liberdade e autodescoberta. É o mundo ouvindo, em silêncio, o grito mais poderoso de todos: eu sou dona do meu caminho.

Alessandra Lontra é jornalista multimídia especializada em Turismo, mercadóloga e turismóloga provisionada pela ABBTUR. Com mais de 40 anos de atuação estratégica, é referência nacional em inovação no setor, com forte atuação em governança, roteirização, comunicação digital e inteligência artificial aplicada ao turismo. Lidera o portal Ale Lontra – Notícias em Movimento para um Turismo Além do Óbvio – www.alelontra.com.br

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